Hê, hê, hê, eu gosto memo é
di conta uns causu. Issu fais u tempo passa e as marga isquece. Lá dondi eu
vim, das bandas de gerais tem muita currutela naqueis pé di serra e eu morava
numa dessas. Numa ocasião tinha o dono duma venda, um véi purtugeuis qui tava
por dimais de azarado. Os negocio dele num tava bem e tudo quele fazia dava
errado. A saúde do pobre tava de mal a pior. Num fazia muito tempo zango a
hemorroida du coitado qui priciso opera, Cumu la nu luga num tinha muitu
ricurso, teve di viaja pra cidade maiorzinha qui dava mais de 100km. Feis a tal
cirugia mas num tinha cumu vorta. Us ricurso daquele tempo era difici, ninguém falava
em imbulança, Antão ele pego carona num caminhão e veio sentadu num peneu
purque ele num pudia apóia a popança num banco.
Passadu uns dia ele tava tudu
triste caquela situação, ai foi da umas vorta num posto de gazulina qui tinha
perto da venda dele. Fala cum, fala cotro, e tava um caminhão discarregando a
tar gazulina no tanqui do posto. Hê, hê, he, nem conto poro ceis u qui
aconteceu. Ele arrizorveu acende um cigarro bem perto do tamqui, ai foi um fogo
só. U povo qui tava perto saiu correno e o fogão só armentava. Teve um cidadão
qui tento da partida nu seu carru e num conseguiu ai foi tenta impurra tamem num
deu, ai largo u carro nu meio da rua e saiu gritano socorro. Oto pego u carru,
junto um amigo e foi busca as criança deis na escola. Nu meio du caminhu um
lembro qui os fio dele estuda notro horário e tava tudo em casa ai o amigo
falo: i us meu tamem tão im casa. Teve um qui ralo o jueio di tanto reza
injueiado na carçada de cimento bruto modi pidi pra Deus pruque u purtugueis
num pudia morre inhantes di paga o qui divia prele. Essa parte me feiz lembra
outro causu qui vo conta outro dia. Mais essa perrenga toda foi inté u donu du
posto tampa a boca du tanqui, ai u fogo si pago. Oia esse dia inté eu qui so um
homi di coragi, fiquei cum medão danado sô.Hê, hê, hê.
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